1 de mai. de 2008

TGA






Reitero que a obra básica e material a ser utilizado como matéria de prova é livro de introdução a administração que utilizamos em sala. Entretanto para aqueles que quiserem se aperfeiçoar um pouco mais no assunto, segue material complementar de tal disciplina:



TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO:
aspectos introdutórios

PARTE I


A ADMINISTRAÇÃO NA TEORIA E NA PRÁTICA SEGUNDO PETER DRUCKER:
uma introdução


“Transformar a informação em conhecimento e este em ação efetiva é a função específica do administrador e da administração.”
"O trabalho de um administrador deve basear-se em uma tarefa a ser cumprida para atingir os objetivos da empresa... o administrador deve ser comandado e controlado pelo objetivo do desempenho, não por seu chefe."
"A essência da administração é o ser humano. Seu objetivo é tornar as pessoas capazes do desempenho em conjunto, tornar suas forças eficazes e suas fraquezas irrelevantes, Isso é a organização, e a administração é o fator determinante."
“A administração é o órgão específico e distintivo de toda e qualquer organização.”
“A administração existe em função dos resultados da instituição. Tem de começar com os resultados pretendidos e de organizar os recursos da instituição de modo que atinja esses resultados. É o órgão que faz com que a instituição – empresa, universidade, hospital, abrigo para mulheres vítimas da violência doméstica – seja capaz de produzir resultados fora dela própria.”
Peter Drucker.

Nascido em 1909 em Viena, detentor de um pensamento lógico infalível, considerado, sem dúvida, o maior pensador, teórico e guru da área de administração. Suas teorias, métodos e conselhos são aplicados e estudados tanto por altos executivos como aspirantes a gerentes.

Para DRUCKER (2001) a administração é prática como a medicina, a advocacia e a engenharia, apoiando-se sobre uma teoria, que precisa ter o rigor científico. Essa prática consiste em aplicação, focando-se no específico, no caso singular e exige experiência e intuição. É necessário ter conhecimentos científicos e teóricos consistentes assim como ter o “olho clínico”. Devemos saber “por que fazer”, “ o que fazer” e “como fazer”.

A prática da administração exige o conhecimento da organização inteira, permitindo a compreensão dos reflexos que as decisões e ações dos administradores têm sobre toda a organização. As organizações são regidas por aspectos de natureza humana e social, pela confiança, pelo entendimento mútuo e pela motivação.

DRUCKER (2001) não enfatiza o “capital” e o “trabalho” como recursos de produção, mas a “administração” e o “trabalho”, considerando o administrador como o elemento dinâmico e essencial de qualquer empresa. É ele quem determina, através da qualidade e do desempenho do seu trabalho, o sucesso e a sobrevivência das empresas. Considera a administração como um órgão da sociedade que deve ser capaz de transformar os recursos de produção, promovendo o seu progresso econômico organizado.

O que é administração ?

Importante afirmar que administração não é administração de empresas. A administração é pertinente a todo o tipo de empreendimento humano que reúne, em uma única organização, pessoas com diferentes saberes e habilidades, sejam vinculadas às instituições com fins lucrativos ou não. A administração precisa ser aplicada aos sindicatos, às igrejas, às universidades, aos clubes, agências de serviço social, tanto como nas empresas, sendo responsável pelos seus desempenhos.

Segundo DRUCKER (2001), os administradores que entenderem os princípios essenciais da administração e trabalharem por eles orientados, serão bem-formados e bem-sucedidos. Ele apresenta os seguintes princípios:

“• A administração trata dos seres humanos. Sua tarefa é capacitar as pessoas a funcionar em conjunto, efetivar suas forças e tornar irrelevantes suas fraquezas. É disso que trata uma organização, e esta é a razão pela qual a administração é um fator crítico e determinante. Hoje em dia, praticamente todos nós somos empregados por instituições administradas, grandes ou pequenas, empresariais ou não. Dependemos da administração para nossa sobrevivência. E a nossa capacidade de contribuição à sociedade também depende tanto da administração das organizações em que trabalhamos quanto de nossos próprios talentos, dedicação e esforço.
• A administração está profundamente inserida na cultura, porque ela trata da integração das pessoas em um empreendimento comum. O que os administradores fazem na Alemanha Ocidental, no Reino Unido, nos EUA, no Japão, ou no Brasil é exatamente o mesmo. Como eles fazem é que pode ser bem diferente. Assim, um dos desafios básicos que os administradores enfrentam em países em desenvolvimento é descobrir e identificar as parcelas de suas próprias tradições, história e cultura que possam ser usadas como elementos construtivos da administração. A diferença entre o sucesso econômico do Japão e o relativo atraso da Índia é explicado, em grande parte, porque os administradores japoneses conseguiram transplantar conceitos administrativos importantes para seu próprio solo cultural e fazê-los crescer.
• Toda empresa requer compromisso com metas comuns e valores compartilhados. Sem esse compromisso não há empresa, há somente uma turba. A empresa tem de ter objetivos simples, claros e unificantes. A missão da empresa tem de ser suficientemente clara e grande para promover uma visão comum. As metas que a incorporam devem ser claras, públicas e constantemente reafirmadas. A primeira tarefa da administração é pensar, estabelecer e exemplificar esses objetivos, valores e metas.
• A administração deve também capacitar a empresa e cada um de seus componentes a crescer e se desenvolver à medida que mudem necessidades e oportunidades. Toda empresa é uma instituição de aprendizado e de ensino. Treinamento e desenvolvimento precisam ser instituídos em todos os níveis da sua estrutura – treinamento e desenvolvimento incessantes.
• Toda empresa é composta de pessoas com diferentes capacidades e conhecimento, que desempenham muitos tipos diferentes de trabalho. Deve estar ancorada na comunicação e na responsabilidade individual. Todos os componentes devem pensar sobre o que pretendem alcançar – e garantir que seus associados conheçam e entendam essa meta. Todos têm de considerar o que devem aos outros – e garantir que esses outros entendam. E todos têm de pensar naquilo que eles, por sua vez, precisam dos outros – e garantir que os outros saibam o que se espera deles.
• Nem o nível de produção nem a “linha de resultados” são, por si sós, uma medição adequada do desempenho da administração e da empresa. Posição no mercado, inovação, produtividade, desenvolvimento do pessoal, qualidade, resultados financeiros, todos são cruciais ao desempenho de uma organização e à sua sobrevivência. Também as instituições não-lucrativas precisam de medições em algumas áreas específicas às suas missões. Tanto quanto um ser humano, uma organização também necessita de diversas medições para avaliar sua saúde e seu desempenho. O desempenho tem de estar entranhado na empresa e na sua administração; precisa ser medido – ou ao menos julgado – além de de ser continuamente melhorado.
• Finalmente, a única e mais importante coisa a lembrar sobre qualquer empresa é que os resultados existem apenas no exterior. O resultado de uma empresa é um cliente satisfeito. O resultados de um hospital é um paciente curado. O resultado de uma escola é um aluno que aprendeu alguma coisa e a coloca em funcionamento dez anos mais tarde. Dentro de uma empresa só há custos. “

A administração para DRUCKER (2001) é considerada como uma “arte liberal”. É “arte” porque, como vimos, é prática e aplicação e é “liberal” porque trata dos fundamentos do conhecimento, autoconhecimento,, sabedoria e liderança. As origens do conhecimento e das percepções estão nas ciências humanas e sociais, nas ciências físicas e na ética, que devem estar focados sobre a eficiência e os resultados das organizações.

As tarefas da administração:

As instituições privadas ou públicas, com ou sem fins lucrativos, não existem por conta própria, mas para satisfazer uma necessidade exclusiva da sociedade, da comunidade ou do indivíduo. Existem para cumprir uma finalidade social definida. Não são fins em si, são meios para que as necessidades sejam atendidas.
Assim, a administração é o órgão da instituição que, como tal, só pode ser descrito e definido por sua função e contribuição, devendo cumprir as seguintes tarefas:
· atingir a finalidade e a missão específicas da instituição, seja uma empresa comercial, hospital ou uma universidade;
· tornar o trabalho produtivo e transformar o trabalhador em realizador;
· administrar os impactos sociais e as responsabilidades sociais.



“ Nos negócios humanos – políticos, sociais, econômicos e empresariais – é inútil prever o futuro, para não falar em olhar para 75 anos à frente. Mas é possível – e útil – identificar eventos importantes que já aconteceram, de forma irrevogável, e que portanto terão efeitos previsíveis nas duas próximas décadas. Em outras palavras, é possível identificar e se preparar para o futuro que já aconteceu.

O fator dominante para os negócios nas duas próximas décadas – com exceção de guerra, peste ou colisão com um cometa – não será economia ou tecnologia. Será a demografia. O fator chave para os negócios não será a superpopulação do mundo, da qual temos sido alertados nestes últimos 40 anos. Será a subpopulação dos países desenvolvidos – o Japão, os países europeus e os Estados Unidos.” (Peter Drucker, 2001)


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

DRUCKER, Peter Ferdinand. A profissão de administrador. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.

DRUCKER, Peter Ferdinand. O melhor de Peter Drucker: a administração. São Paulo:Nobel, 2001.
http://www.francianeulaf.com/gurus/drucker.htm capturado em 09/02/2005.


PARTE II


O QUE É TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO ?

De acordo com MAXIMIANO ( 2000), a Teoria Geral da Administração é “ o corpo de conhecimentos a respeito das organizações e do processo de administrá-las. É composta por princípios, proposições e técnicas em permanente elaboração.”
Não existem receitas prontas ou fórmulas, a teoria em administração é construída a partir de um conjunto de conhecimentos organizados e sistematizados, resultantes da experiência prática obtida nas organizações.
Para MAXIMIANO (2000), existem duas fontes principais que originam os conhecimentos administrativos: a experiência prática e os métodos científicos.
Considera que os conhecimentos resultantes da experiência prática surgiram com as primeiras organizações humanas, de onde os administradores passaram a formar um acervo teórico resultante da transmissão de conhecimentos.
A segunda fonte refere-se a aplicação dos métodos científicos à observação das organizações e dos administradores.

Referência bibliográfica
MAXIMIANO, Antonio César A. Teoria geral da administração: da escola científica à competitividade na economia globalizada. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2000.


PARTE III

ASPECTOS HISTÓRICOS DA FORMAÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO


Na história da humanidade, verifica-se que sempre existiu alguma forma de associação entre os homens para, através do esforço conjunto, atingirem objetivos que, isoladamente não seria possível.
O processo de administrar está vinculado a qualquer situação em que existam pessoas fazendo o uso de recursos para atingir determinado objetivo.
De tais formas, embora inicialmente rudimentares, já manifestava-se alguma forma de administrar organizações.
Conforme MAXIMIANO ( 2000, p. 126), por volta de 10000 a 8000 a. C. na Mesopotâmia e no Egito, agrupamentos humanos que desenvolviam atividades extrativistas faziam uma transição para atividades de cultivo agrícola e pastoreio, iniciando-se a “Revolução Agrícola”. Nesse período surgem as primeiras aldeias, marcando-se a mudança da economia de subsistência para a administração da produção rural e a divisão social do trabalho.
Ainda, de acordo com mesmo autor, no período compreendido entre 3000 e 500 a. C. , a “Revolução Agrícola” evoluiu para a “Revolução Urbana”, surgindo as cidades e os Estados, demandando a criação de práticas administrativas.
CHIAVENATO (1983, p.18) faz referências às magníficas construções realizadas na Antigüidade no Egito, na Mesopotâmia, na Assíria indicaram trabalhos de dirigentes capazes de planejar e orientar a execução de obras que ainda podemos observar. Também, através de papiros egípcios foi possível verificar a importância da organização e administração da burocracia pública no Antigo Egito.

A influência dos filósofos no pensamento administrativo
Merece referências a influência dos filósofos gregos, como Platão ( 429 a. C. – 347 a. C.) discípulo de Sócrates, e Aristóteles (384 a. C. – 322 a. C.), discípulo de Platão. Ambos deixaram contribuições para o pensamento administrativo do Século XX. Platão preocupou-se com os problemas de natureza política e social relacionados ao desenvolvimento do povo grego. Aristóteles impulsionou o pensamento da Filosofia e no seu livro Política estudou a organização do Estado.
Outros filósofos deixaram importantes contribuições para a formação do pensamento administrativo :
Nicolau Maquiavel (1469 – 1527) à historiador e filósofo político italiano, seu livro mais famoso, O Príncipe (escrito em 1513 e publicado em 1532) refere-se a forma de como um governante deve se comportar. Segundo MAXIMIANO (2000, p.146), Maquiavel pode ser entendido “como um analista do poder e do comportamento dos dirigentes em organizações complexas”. Certos princípios simplificados que sofreram popularização estão associados a Maquiavel (observa-se o adjetivo maquiavélico):
- “Se tiver que fazer o mal, o príncipe deve fazê-lo de uma só vez. O bem, deve fazê-lo aos poucos.”
- “ O príncipe terá uma só palavra. No entanto, deverá mudá-la sempre que for necessário.”
- “ O príncipe deve preferir ser temido do que amado.”
Saiba mais em:
http://www.geocities.com/sjuvella/Maquiavel.html http://www.ufrgs.br/proin/versao_1/autores2/index09.html

Francis Bacon (1561 – 1626) à filósofo e estadista inglês, considerado um dos pioneiros do pensamento científico moderno, fundador da Lógica Moderna baseada no método experimental e indutivo ( do específico para o geral ). Segundo CHIAVENATO ( 1983, p.22) com Bacon é que encontra-se a preocupação com a separação experimental do que é essencial em relação ao que é acidental. Antecipou-se ao princípio da Administração “prevalência do principal sobre o acessório”.
Saiba mais em :
http://www.logoshp.hpg.ig.com.br/filobac.htm

René Descartes (1596 – 1650) à filósofo, matemático e físico francês, considerado fundador da Filosofia Moderna. Celebrizado pela sua obra “ O Discurso do Método”, em que descreve os principais preceitos do seu método filosófico, hoje denominado “método cartesiano”. Princípios do método cartesiano:
- Princípio da Dúvida Sistemática ou da Evidência – não é verdadeiro até que se saiba com evidência, ou seja, como realmente verdadeiro.
- Princípio da Análise ou da Decomposição - dividir e decompor cada parte de um problema para analisar as suas partes separadamente.
- Princípio da Síntese ou da Composição – processo racional que consiste no ordenamento dos pensamentos, dos mais fáceis e simples para os mais difíceis e complexos.
- Princípio da Enumeração ou da Verificação – em tudo fazer recontagens, verificações e revisões de modo a tornar-se seguro de não ter havido qualquer omissão durante o processo de raciocínio (checklist).

Saiba mais em:
http://www.brasil.terravista.pt/magoito/1866/Historia/descartes.html
http://www.ime.unicamp.br/~calculo/modulos/history/descartes/descartes.html
http://www.terra.com.br/voltaire/cultura/descartes5.htm#13

Thomas Hobes ( 1588 – 1679) à filósofo e teórico político inglês, segundo o qual o homem primitivo era um ser anti-social por definição, atirando-se uns contra os outros pelo desejo de poder, riquezas e propriedades – “o homem é o lobo do próprio homem”. O Estado surge como a resultante da questão, que, de forma absoluta, impõe a ordem e organiza a vida social.
Saiba mais em:
http://www.hystoria.hpg.ig.com.br/hoblock.html
http://nossocurso.hypermart.net/evol/hobb.htm

Karl Marx (1818 – 1883) e Friedrich Engels (1820 – 1895) à Marx, filósofo alemão, e Engels, propuseram uma teoria da origem econômica do Estado. CHIAVENATO (1983, p.23) escreve que, de acordo com Marx e Engels a dominação econômica do homem pelo homem é a geradora do poder político do Estado, que vem a ser uma ordem coativa imposta por uma classe social exploradora. No Manifesto Comunista, segundo CHIAVENATO, Marx e Engels afirmam que a história da humanidade sempre foi a história da luta de classes, resumidamente, entre exploradores e explorados.
Saiba mais em:
http://www.economiabr.net/economia/1_hpe6.html
http://www.hystoria.hpg.ig.com.br/marx2.html
http://br.geocities.com/fusaobr/engels.htm

Influencias do Arsenal de Veneza à No século XV, Veneza além de um significativo e forte local de concentração de homens de negócios também era uma cidade de guerreiros. Lá, em 1436 foi criado um arsenal, denominado Arsenal de Veneza, que representava , segundo MAXIMIANO (2000, p.144) a maior fábrica do mundo, capaz de construir, e colocar em situação de combate, 100 navios em dois meses. Esse resultado se fazia possível em decorrência da adoção de métodos de produção e administração comparáveis aos usados nas fábricas de automóveis do século XX. No Arsenal eram utilizados sistemas de registro e controle empregando contabilistas para tal finalidade. Em 1494, Luca Pacioli, frade veneziano, divulgou o método das partidas dobradas utilizado em Veneza. CHIAVENATO (1983, p.19) relaciona ao Arsenal de Veneza, referindo-se ao ano de 1436, a controle de custos; verificações de balanços para controle; controle de inventários; intercâmbio de partes; utilização da técnica de linha de montagem; uso da administração de pessoal e estandardização das partes .

Influencias da Igreja Católica e da organização militar à Para CHIAVENATO (1983, p.24) tais instituições são consideradas duas formas organizacionais bem sucedidas. A estrutura organizacional da Igreja serviu de modelo para muitas organizações. De estrutura simples e eficiente foi objeto de estudo de James D. Mooney, que mostrou a sua hierarquia de autoridade, seu estado-maior (assessoria) e sua coordenação funcional. Das forças armadas tem-se a organização linear, o princípio da unidade de comando (cada subordinado só pode ter um superior), a escala hierárquica ( escala de níveis de comando de acordo com o grau de autoridade e responsabilidade), a centralização de comando e a descentralização da execução e o princípio de direção (todo o soldado deve saber perfeitamente o que se espera dele e o que deve fazer).


Revolução Industrial à Conforme MAXIMIANO (2000, p. 147) a Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, é resultado de dois eventos importantes – o surgimento das fábricas e a invenção das máquinas a vapor por James Watt em 1776 - que revolucionaram a produção e a aplicação dos conhecimentos administrativos. Iniciada na Inglaterra e espalhada pelo mundo civilizado, divide-se em dois períodos distintos:
1780 a 1860 : 1ª Revolução Industrial , revolução do carvão e do ferro
1860 a 1914 : 2ª Revolução Industrial, revolução do aço e da eletricidade


A influencia dos economistas clássicos liberais à Segundo LODI ( 1984, p. 13) o administrador profissional surge a partir do desenvolvimento da indústria e da crescente separação entre propriedade e administração. Entretanto, antes do “administrador-pensador”, contamos com a influencia dos economistas clássicos do final do século XVIII e início do século XIX sobre as origens do pensamento administrativo.

Adam Smith (1723 – 1790) à Filósofo e economista escocês, considerado como criador da Escola Clássica da Economia, em 1776 publica a sua obra “Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações”, mais conhecido como A Riqueza das Nações, já abordava o princípio da especialização dos operários e o princípio da divisão do trabalho em uma manufatura de agulhas para destacar a necessidade da racionalização da produção. Conforme CHIAVENATO ( 1983, p.30), para Adam Smith, a origem da riqueza das nações reside na divisão do trabalho e na especialização das tarefas, preconizando o estudo dos tempos e movimentos, pensamento que, mais tarde, Frederick Winslow Taylor e o casal Frank e Lilian Gilbreth viriam a desenvolver, fundamentando a Administração Científica.

“A mão invisível”
“Todo indivíduo necessariamente trabalha no sentido de fazer com que o rendimento anual da sociedade seja o maior possível. Na verdade, ele geralmente não tem intenção de promover o interesse público, nem sabe o quanto o promove. Ao preferir dar sustento mais à atividade doméstica que à exterior, ele tem em vista apenas sua própria segurança; e, ao dirigir essa atividade de maneira que sua produção seja de maior valor possível, ele tem em vista apenas seu próprio lucro, e neste caso, como em muitos outros, ele é guiado por uma mão invisível a promover um fim que não fazia parte de sua intenção. E o fato de este fim não fazer parte de sua intenção nem sempre é o pior para a sociedade. Ao buscar seu próprio interesse, freqüentemente ele promove o da sociedade de maneira mais eficiente do que quando realmente tem a intenção de promovê-lo. “
Adam Smith, A Riqueza das Nações, Livro IV,capítulo 2
Saiba mais em:
http://www.geocities.com/Athens/4539/adamsmith.html
http://www.economista.hpg.ig.com.br/Geral/4/interna_hpg3.html
http://www.geocities.com/CollegePark/Grounds/3375/Economistas/smith.htm

David Ricardo (1772 – 1823) à economista britânico, em sua obra “Princípios de Economia Política e Tributação”, publicada em 1817, tratava de teorias cujas bases residiam nos seus estudos sobre a distribuição da riqueza a longo prazo. Segundo David Ricardo o crescimento da população tenderia a provocar a escassez de terras produtivas.
Tal Como Adam Smith, Ricardo admitia que a qualidade do trabalho contribuía para o valor de um bem. O trabalho era visto como uma mercadoria. Um importante contribuição sua foi o princípio dos rendimentos decrescentes, devido a renda das terras. Tentou deduzir um teoria do valor a partir da aplicação do trabalho. Ricardo tornou-se o clássico por excelência da Economia, apesar de se inspirar em grande parte da sua análise na obra de Adam Smith acabou por o criticar. Alterou o conceito de valor de uso de Adam Smith definindo-o como a Utilidade, ou seja, a capacidade do produto satisfazer as nossas necessidades. Como contribuições para a formação do pensamento administrativo, resumidamente, é possível destacar: suas posições a respeito do custo do trabalho e sobre os preços e mercados.

Saiba mais em:
http://www.economista.hpg.ig.com.br/Geral/4/interna_hpg3.html
http://www.economiabr.net/economia/1_hpe5.html
http://www.mundode.com/Economia/hpe6.html
John Stuart Mill (1806 – 1873) à filófoso e economista britânico, publicou “Princípios de Economia Política” onde, segundo CHIAVENATO (1983, p.31) apresenta um conceito de controle objetivando evitar furtos nas empresas. Acrescenta duas qualidades importantes, a fidelidade e o zelo.
Saiba mais em:
http://www.economista.hpg.ig.com.br/Geral/4/interna_hpg4.html
http://augusto-economia.vilabol.uol.com.br/johnstuartmill.htm



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração.3.ed. São Paulo: Atlas, 1983.
LODI, João Bosco. História da Administração. 8.ed. São Paulo: Pioneira, 1984.
MAXIMIANO, Antonio César A. Teoria geral da administração: da escola científica à competitividade na economia globalizada. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2000.

Fonte: Pucrs

Motivações Humanas

A motivação humana é um tema que polariza as atenções de cientistas e estudiosos, sendo que estaremos a seguir comentando algumas delas:

Maslow

Segundo Maslow, a motivação dos indivíduos, objetiva satisfazer certas necessidades e para melhor ilustrar Maslow formulou sua teoria com base no conceito de hierarquia de necessidades que influenciam o comportamento humano:
Auto-realização: O desejo dos indivíduos de renovar e reciclar seu potencial; Torna-se cada vez mais o que cada um seria capaz de ser.
Realização do potencial; Utilização plena dos talentos individuais e competências essenciais..

Estima:O Sentimento das pessoas de sentirem-se valorizadas pelos que as rodeiam; sua auto-estima; O desejo de sentir-se importante, Competente; Valorizado.
Reputação; Reconhecimento; Auto-respeito; Amor.

Social: A necessidade de amar e ser amado; Ter amizades; Vínculos familiares; Intimidade; Grupos sociais.

Segurança:A contrapartida da insegurança natural das pessoas: Estabilidade; Proteção; Livre do perigo; Moradia; Estrutura; Privacidade.

Fisiológicas: Necessidades físicas tais como: Alimentação; Sono; Sexo; Abrigo.


Teoria X e Y de McGregor

Posteriormente à idéia da existência de necessidades humanas lançadas por Maslow, Douglas McGregor, complementa tais afirmações dizendo que essas necessidades encontram satisfação no próprio trabalho.

A obra maior de McGregor - O lado humano da empresa - é o registro da denominada Teoria X e Y. Essa teoria, extremamente interessante, mostra duas formas distintas de “ser”' do trabalhador ou duas formas distintas de “ver” o trabalhador.

Um trabalhador X, ou um trabalhador visto por um gerente de visão X, não gosta de trabalhar e o faz somente quando é compelido. Não gosta de assumir responsabilidade, é pouco ou nada ambicioso e busca acima de tudo segurança.

Um trabalhador Y, ou um trabalhador visto por um gerente de visão Y, é alguém que, pelo contrário, sente-se bem no trabalho e busca atingir os objetivos que lhe são colocados; é alguém criativo e com potencialidades que podem e devem ser exploradas.
Assim, a questão de ser X ou Y tanto pode se referir ao “'ser” do próprio indivíduo como ao “ser” do gerente que o observa e avalia. Em outras palavras, o trabalhador pode não ser X, mas pode ser visto como tal pelo gerente ou vice-versa.
Esse ângulo de análise do indivíduo no trabalho causa um impacto profundo nos resultados organizacionais, dada a importância que o “ser” ou o “ver” têm nos relacionamentos intra e interempresariais.

A teoria de McGregor, entre outros esclarecimentos, veio reforçar e instrumentalizar ainda mais a maneira de ver as pessoas na sociedade industrial: não somente como membros de grupos, mas, principalmente, como indivíduos.


ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVOS – “APO”

A Administração por Objetivos ou Administração por resultados constitui um modelo administrativo bastante difundido e plenamente identificado com o espírito pragmático e democrático da Teoria Neoclássica.
Seu aparecimento é recente, em 1954, Peter Drucker publicou um livro no qual caracteriza pela primeira vez a Administração por Objetivos, sendo considerado o criador da APO.
A Administração por Objetivos surgiu como um método de avaliação e controle sobre o desempenho de áreas e de organizações em crescimento rápido, sendo uma técnica de direção de esforços através do planejamento e controle administrativo fundamentado no princípio de que, para atingir resultados, a organização precisa antes definir em que negócios estão atuando e aonde pretende chegar.
Inicialmente se estabelecem os objetivos anuais da empresa formulados na base de um plano de objetivos a longo prazo e os objetivos de cada departamento são feitos na base dos objetivos anuais da empresa. Sendo a APO um processo onde uma organização identifica os objetivos comuns definindo as áreas de responsabilidade de cada um em termos de resultados esperados.

Basicamente, a APO apresenta as seguintes:
Características Principais:
Estabelecimento conjunto de objetivos entre o executivo e o seu superior.
Visão de resultado esperado, baseado nas premissas corporativas.
Estabelecimento de objetivos para cada departamento.
Baseado no grau de envolvimento/participação nos objetivos..
Interligação dos objetivos departamentais. (visão de conjunto)
mesmo quando os objetivos não se apóiam nos mesmos princípios básicos.
Elaboração de planos táticos e de planos operacionais, com ênfase na mensuração e no controle.
Comparação com os resultados planejados, portanto somente os resultados que podem ser
mensurados podem ser aplicados a “APO”.
Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos planos.
Visa a correção de rumo caso necessário para alcançar o resultado esperado.
Participação atuante dos gestores.
Assumir e envolver-se com os objetivos.
Apoio intenso do staff durante os primeiros períodos.
Requer apoio intenso até que os planos sejam alavancados,

Prof. Daniel